Anísio Spínola Teixeira nasceu em 12 de julho de 1900 em Caetité (BA).
Filho de fazendeiro, estudou em colégios de jesuítas na Bahia e cursou direito
no Rio de Janeiro. Diplomou-se em 1922 e em 1924 já era inspetor-geral do
Ensino na Bahia. Viajando pela Europa em 1925, observou os sistemas de ensino
da Espanha, Bélgica, Itália e França e com o mesmo objetivo fez duas viagens
aos Estados Unidos entre1927 e 1929. De volta ao Brasil, foi nomeado diretor de
Instrução Pública do Rio de Janeiro, onde criou entre 1931 e 1935 uma rede
municipal de ensino que ia da escola primária à universidade. Perseguido pela
ditadura Vargas, demitiu-se do cargo em 1936 e regressou à Bahia – onde assumiu
a pasta da Educação em 1947. Sua atuação à frente do Instituto Nacional de
Estudos Pedagógicos a partir de 1952, valorizando a pesquisa educacional no
país, chegou a ser considerada tão significativa quanto a Semana da Arte
Moderna ou a fundação da Universidade de São Paulo. Com a instauração do
governo militar em 1964, deixou o instituto – que hoje leva seu nome – e foi
lecionar em universidades americanas, de onde voltou em 1965 para continuar atuando
como membro do Conselho Federal de Educação. Morreu no Rio de Janeiro em março
de 1971.
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a
educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira foi pioneiro na implantação
de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer
educação gratuita para todos. Como teórico da educação, Anísio não se
preocupava em defender apenas suas idéias. Muitas delas eram inspiradas na
filosofia de John Dewey (1852-1952), de quem foi aluno ao fazer um curso de
pós-graduação nos Estados Unidos.