Platão nasceu por volta de 427 a.C. em uma família aristocrática de
Atenas. Quando tinha cerca de 20 anos, aproximou-se de Sócrates, por quem tinha
grande admiração. Como a maioria dos jovens de sua classe, quis entrar na
política. Contudo, a oligarquia e a democracia lhe desagradaram. Com a
condenação de Sócrates à morte, Platão decidiu se afastar de Atenas e saiu em
viagem pelo mundo. Numa de suas últimas paradas, esteve na Sicília, onde fez
amizade com Dion, cunhado do rei de Siracusa, Dionísio I. De volta a Atenas,
com cerca de 40 anos, Platão fundou a Academia, um instituto de educação e pesquisa filosófica e científica que rapidamente ganhou prestígio. Três
décadas depois, ele foi convidado por Dion a viajar a Siracusa para educar seu
sobrinho Dionísio II, que se tornara imperador. A missão foi frustrada por
intrigas políticas que terminaram num golpe dado por Dion. Platão morreu por
volta de 347 a.C. Já era um homem admirado em toda Atenas.
Na história das idéias, Platão foi o primeiro pedagogo, não só por ter
concebido um sistema educacional para o seu tempo, mas, principalmente, por
tê-lo integrado a uma dimensão ética e política. O objetivo final da educação,
para o filósofo, era a formação do homem moral, vivendo em um Estado
justo.
Para Platão, "toda virtude é
conhecimento". Ao homem virtuoso, segundo ele, é dado conhecer o bem e o
belo. A busca da virtude deve prosseguir pela vida inteira - portanto, a educação
não pode se restringir aos anos de juventude. Educar é tão importante para uma
ordem política baseada na justiça - como Platão preconizava - que deveria ser
tarefa de toda a sociedade.
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