Carl Ransom Rogers nasceu em Oak Park, perto de Chicago, em 1902. Teve
uma infância isolada e uma educação fortemente marcada pela religião. Tornou-se
pastor e encaminhou os estudos para a teologia, quando começou a se interessar
por psicologia. Na nova carreira, o primeiro foco de trabalho foram crianças
submetidas a abusos e maus-tratos. Por essa época começou, por observação, a
desenvolver suas teorias sobre personalidade e prática terapêutica. Aos 40 anos
publicou o primeiro livro. Seguiram-se mais de 100 publicações destinadas a
divulgar suas idéias, que ganharam seguidores em todo o mundo. Rogers quis
provocar uma ruptura na psicologia, dando a condução do tratamento ao cliente,
e não temeu acusar de autoritários a maioria dos métodos hegemônicos na área. O
pilar da terapia rogeriana são os "grupos de encontro", em que vários
clientes interagem. Rogers foi um dos primeiros a gravar e filmar as sessões de
terapia. Morreu de um ataque cardíaco em 1987, em San Diego, Califórnia.
As idéias do norte-americano Carl Rogers para a educação são uma extensão da
teoria que desenvolveu como psicólogo. Nos dois campos sua contribuição foi
muito original, opondo-se às concepções e práticas dominantes nos consultórios
e nas escolas. Em seu ideal de ensino, o papel do professor se assemelha ao do
terapeuta e o do aluno ao do cliente. Isso quer dizer que a tarefa do professor
é facilitar o aprendizado, que o aluno conduz a seu modo.
A teoria rogeriana - que tem como característica um extenso repertório de
expressões próprias - surgiu como uma terceira via entre os dois campos
predominantes da psicologia em meadosdo século 20. De um lado havia a
psicanálise, criada por Sigmund Freud (1856-1939), com sua prática balizada
pela ortodoxia, e, de outro, o behaviorismo, que na época tinha B. F. Skinner
(1904-1990) como expoente e se caracteriza pela submissão à biologia. A
corrente de Rogers ficou conhecida como humanista, porque, em acentuado
contraste com a teoria freudiana, ela se baseia numa visão otimista do homem
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